Caros colegas e visitantes.

Nosso grupo trabalha na área da educação, por lidar todo o tempo com seres humanos e vivenciar o tempo inteiro a diferença e a diversidade. Criemos este blog para divulgar sugestões de atividades, histórias infantis, dinâmicas,mensagem, texto sobre a diversidade cultural para que auxilie na prática pedagógica do educador.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Mensagem

A escola dos bichos.

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.

O pássaro insistiu para que houvesse aulas de vôo. O esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

E assim foi feito, incluíram tudo, mas cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

O coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar. Colocaram-no numa árvore e disseram: “voa coelho”. Ele saltou lá de cima e quebrou as pernas. O coelho não aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O pássaro voava como nenhum outro, mas o obrigaram a cavar buracos como uma toupeira. Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e muito menos cavar buracos.

Sabe de uma coisa?

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por Deus. Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Ao agirmos assim acabamos fazendo com que elas sofram. No final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas são.

Autor desconhecido

História Infantil ( O patinho feio)



Sugestões de como pode ser trabalhada a história do Patinho Feio:
  • Atraves da apresentação do vídeo:

 


  • Com a utilização de fantoches de varas:



  • este livro pode servir de suporte para trabalhar o tema tranversal ética e cidadania, apresentar textos sobre ética relacionando com a história.
  • atraves da moral da história "nunca julgue as pessoas por sua aparência", desenvolver a atividade da observação corporal. O aluno se olhara no espelho e observa seu corpo, buscando conhecer a sua beleza.
  •  
 

Poesia

Pessoas são diferentes
São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes!
Uma é toda desdentada,
A outra é cheia de dentes...
Uma anda descabelada,
A outra é cheia de pent es!
Uma delas usa óculos,
E a outra só usa lentes.
Uma gosta de gelados,
A outra gosta de quentes.
Uma tem cabelos longos,
A outra corta eles rentes.
Não queira que sejam iguais,
Aliás, nem mesmo tentes!
São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes!
Poesia de Ruth Rocha.

Sugestão de atividade:
  • trabalhar a diferença em sala de aula, através da construção da representação de um colega. Peça que os alunos escolha um colega e desenhe. Depois, confeccionar um mural onde os alunos se vejam na representação feita pelo amigo e perceba as diferenças entre eles.

História Infantil ( O peixinho de Chocolate)

O peixinho de chocolate.
Mamãe Peixinha ficou grávida no dia das mães. Papai Peixão, muito feliz, comemorou contando para todos os peixes do mar a grande novidade!
Mamãe Peixinha, toda vaidosa, começou a cuidar-se, pois é da família dos peixes mais belos dos mares, ou seja, os lindos peixes-borboletas que são listrados e bem coloridos.
Papai Peixão procurou a Baleia-Azul, considerada a rainha dos mares, para anunciar o nascimento. Preocupado em dar a notícia rapidamente, ela pediu ajuda ao Peixe-Voador. Assim, a notícia espalhou-se por todos os mares. Durante a gravidez, Papai Peixão cercou Mamãe Peixinha de todos os cuidados. Ele não permitiu que sua querida esposa fosse passear em lugares distantes. Além disto, deixou-a resguardada pelo Peixe-Leão.
Uma grande festa, que aconteceria depois do nascimento do peixinho, já tinha sido programada. Todos os peixes do mar iriam participar. Por exemplo, o Golfinho faria uma apresentação de saltos; a Baleia bailaria, jorrando água; o Peixinho-Lanterna iluminaria o mar, formando um enorme contraste de cores.
Chegada a hora do nascimento, Papai Peixão, solicitou a presença do seu amigo Polvo, pois sua força seria sinônimo de energia e segurança. Mamãe Peixinha preparou-se para o nascimento do primeiro peixinho da família. Papai Peixão esperava, ansiosamente, ao lado do Cavalo-Marinho que sempre ficava tentando acalmá-lo.
_ Nasceu! - silvou a Baleia que soltou água para todos os lados, como havia combinado.
_ Oh! Que maravilhosa surpresa! O peixinho é marrom e tem também sabor! - disse o Golfinho ao dar-lhe um carinho beijinho.
A notícia espalhou-se, rapidamente, por todos os mares. Em pouco tempo, vieram peixes de vários lugares, não só para ver, mas também para tocar e sentir um gostinho agradável de chocolate.
Papai Peixão tentou consolá-la, mas a sua esposa só ficou aliviada quando chegou o sábio Salmão que lhe disse:
_ Dona Mamãe Peixinha, no mar todos os peixes têm direitos iguais, mesmo sendo de cores diferentes. É também dever de todos os peixinhos respeitar uns aos outros.
Mamãe Peixinha, mais tranquila, fez a seguinte pergunta:
_ E agora, o que fazer?
Todos os peixes do mar responderam:
_ Deixe-o viver solto e feliz, pois é um peixinho diferente, mas é extremamente lindo. Além disso, todos que se aproximarem dele e tocarem-no, sentirão, num primeiro momento, o gostinho de chocolate que emana de seu corpinho. Depois que travarem laços de amizade, perceberão que a sua alma, também é doce como o chocolate!
Assim, o Peixinho de Chocolate passou a conviver harmoniosamente com todos os peixes do mar!

Livro: O peixinho de Chocolate. Carmem Mendonça.Uberlândia,2000.1 ed.

Sugestões para trabalhar com este livro:
  • conversação sobrea necessidade de respeito ao modo de ser das outras pessoas, da aceitação do outro, independentemente do pertencimento etnico-racial, de gênero e cultural, a inclusão de todos no grande grupo (classe) e nos pequenos grupos de trabalho ou de brincadeira. 
  • confecção de dobradura de um peixinho e montar um cenário para os peixinhos.
  • desenho cego; este desenho consiste em a professora contar um história e o aluno desenhar sem tirar o lápis da folha. Após, comparar os desenhos e valorizar a criação e criatividade de cada aluno.

História Infantil ( A menina bonita do laço de fita)

Menina bonita do laço de fita
(Ana Maria Machado)
Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas.
Ela ficava parecendo uma princesa das terras da África, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:­
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela.
Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café q uando era pequenina.
O coelho saiu d ali e tomou tanto ca fé que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi.
Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:­
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até
com os parentes tortos. E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina, tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha.
Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia: - Conselhos da mãe da minha madrinha...

Sugestões para trabalhar com este livro:
  • Utilização de material concreto( coelho de pelúcia, boneca, xícara de plástico,..)  ao ler a história infantil.
  • Realizar a dinâmica das flores: levar para a sala de aula várias flores e questionar os alunos em função das caracteristicas que diferencia cada uma, sua utilização, fazer com que os alunos percebe que são diferentes mas cada uma possui sua beleza. Assim, como nós ser humanos, somos diferentes mas cada um com sua beleza.
  • Pode ser confeccionar um mural com fotos dos alunos com sua família e buscar mostrar a beleza que cada família possui e reconhecer que as diferenças contribui para a diversidade deste povo.

Diversidade Cultural

      A Diversidade Cultural presente em nosso dia-a-dia convidanos a conviver com diferenças de todas as ordens, exigindo de todos e cada um a tolerância e o respeito ao diferente. Mas não é fácil reconhecer e aceitar a "diversidade humana". Infelizmente, a sociedade atual elegeu um padrão de normalidade, espera de todos é a semelhança, o grupo e a padronização. Esquecendo que a sociedade se compõe de homens diversos, que ela se constitui na diversidade, assumindo de um outro modo as diferenças.
      Ressaltamos que não se pode esperar que todos nos sejamos iguais a fim de sermos aceitos. Lidar com a diversidade no ambiente escolar é tarefa de todos os componentes da comunidade escolar.
     O desafio que se coloca nestas circunstâncias, requer um excelente preparo do educador e de todo o grupo, exigindo atenção e sensibilidade. Atenção para que seja detectado qualquer problema o mais cedo possível, pois assim, pode se resolver o caso com uma boa conversa, na maior parte das vezes. Sensibilidade, pois está se lidando com os sentimentos humanos mais complexos, ou seja, o interrelacionamento, a convivência, para que seja harmoniosa.
        E principalmente, reconhecer as diferenças dos alunos como um recurso positivo. Ao reconhecer o enriquecimento advindo da diversidade fornece valores e oportunidades de aprendizagem para todos os alunos.
        Respeitar as diferenças, são imprescindíveis para um bom convívio social. Cada indivíduo merece ser respeitado, ter direito de expressar seu ponto de vista, porém, sem ofender ou desrespeitar seu semelhante. O ambiente escolar, especialmente na fase inicial da educação, é o momento de formar a pessoa para ser um indivíduo que transforma o meio onde vive para melhor. Isto exige bons exemplos do educador e a promoção de valores positivos, através do entendimento e respeito em todas as situações ( nas tarefas escolares, nas horas de lazer e também fora do ambiente escolar).
       Portanto, o grupo deste blog acredita que o reconhecimento das diferenças possibilita ao aluno novas formas de estar no mundo e de experimentar situações de aprendizagem com todos os envolvidos no processo de aprendizagem.
Autoras: Suzane Kist, Janete de Oliveira Rocha, Roberta Cristina Rosa, Marli de Souza e Silva e Daiane Letícia Kretschmer